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  • Foto do escritorDaniela Ventura

Um espelho ao contrário


Hoje, ao assistir ao filme “HUMAN Extended”, muita coisa me passou pela mente… contudo, decidi começar a escrever quando acabei de assistir ao “capítulo” referente ao trabalho. Enquanto ouvia aqueles depoimentos de pessoas, enquanto olhava para os seus olhos, cabelos, lábios… pensava no quanto as sociedades modernas – eu, nós – fizemos a coisa de uma forma torta. Por muitos motivos, na certa, mas de repente pensei: “Passo a vida nas Redes Sociais, a querer seguir exemplo de pessoas que obtiveram – o que considero ser o sucesso – nas suas vidas, desejo espelhar-me nelas, nas aparente felicidade e triunfo delas (que deve estar longe da realidade – apenas somos, na WEB, o que queremos parecer) e esqueço-me da grande maioria da população mundial. Porque não me espelho na pessoa que toda a vida trabalha de manhã à noite para conseguir viver, tem um trabalho duro, e viverá pobre toda a sua vida? Porque não oiço histórias reais e percebo que a vida são batalhas, desafios e aprendizagens e não estrelato? Porque me esqueço que o crescimento não acontece sem superação?

Eu acredito que no Universo tudo tem um propósito e, por isso, consigo aceitar que a evolução da nossa sociedade acontece assim por algum motivo que me pode transcender. Mas, algumas vezes, a minha mente humana questiona: num mundo onde a proximidade física e online devia estancar a solidão, porque a solidão nos contaminou? O que aconteceu connosco para nos sentirmos sós no meio de tanta gente que nos rodeia? Numa era de informação, como é que o diálogo e criando estranhos que vivem dentro da mesma casa? Com uma ciência que nos explica que todos somos compostos por células, que tomos temos uma mente brilhante, que todos somos feitos do mesmo – quando perdemos o sentido de espécie e começámos a nos dividir, discriminar e combater?

Apesar destas questões, sinto que chegámos a um tempo de ruptura e caminhamos para o mundo onde a maioria dos seres humanos estão a conseguir quebrar estes padrões comportamentais: sentindo o respeito pelo outro e dignificando o Amor como base de tudo. Eu ainda não sou totalmente assim – não quero com esta exposição ser hipócrita ou apontar dedos. Apenas quis partilhar convosco alguns fluxos pensantes que transitam pela minha mente e coração. <3 Alegro-me por imaginar essa Nova Era. <3

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